ATA DA SEGUNDA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 29-12-2004.

 


Aos vinte e nove dias do mês de dezembro de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e dois minutos, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elias Vidal, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Professor Garcia, Renato Guimarães e Wilton Araújo. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Clênia Maranhão, Ervino Besson, Haroldo de Souza e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. À MESA, foi encaminhado, pelo Vereador Nereu D’Avila, o Pedido de Informações nº 178/04 (Processo nº 5740/04). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 067/04 e o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/04, discutido pelo Vereador Sebastião Melo. Às nove horas e cinqüenta e um minutos, nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Vereadores presentes.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Há quórum. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. N.º 5915/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 067/04, que cria, na Administração Centralizada, Secretaria Municipal de Gestão Estratégica, Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local, Gabinete de Programação Orçamentária, Gabinete de Captação de Recursos e Investimentos e Gabinete de Acessibilidade e Inclusão Social e extingue a Secretaria de Governo Municipal, a Secretaria Extraordinária de Capatação de Recursos e Cooperação Internacional, Gabinete de Plenejamento, Gabinete de Relações com a Comunidade, Gabinete de Relações Públicas, Gabinete de Imprensa, Gabinete de Comunicação Social e dá outras providências.

 

PROC. N.º 5916/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 011/04, que autoriza a celebração de transação, nos termos do art.  171 combinado com o art. 156, inciso III do Código Tributário Nacional, bem como a dação em pagamento em bens imóveis para a extinção de créditos tributários, na forma do art. 156, inciso XI do CTN.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, meus colegas Vereadores, minhas colegas Vereadoras, a Srª Presidenta leu a ementa de dois Projetos que ora tramitam, e, com certeza, teremos de fazer Sessões Extraordinárias para que se possa cumprir a sua votação. Para o primeiro deles, Ver. João Dib - eu gostaria da atenção de V. Exa., o senhor, que foi Prefeito da Cidade, um Vereador, como todos aqui, muito atento - eu quero dizer que eu não fiz uma leitura aprofundada, e acho que aqui a Liderança do Governo vai poder nos ajudar, Ver. Nereu. Isto aqui trata-se de uma transação envolvendo a Máquinas Condor e a municipalidade. É sabido nesta Casa, é sabido por todos nós, que a Máquinas Condor, desde o início da década de 90, vem contestando judicialmente os valores que a Prefeitura tem atribuído aos seus imóveis, e isso leva quase 15 anos, Ver. Gerson, no que se refere a essa questão em que a Municipalidade não está recebendo Imposto de Propriedade Territorial Urbana talvez da maior proprietária de terras urbanas na cidade de Porto Alegre, que é a Máquinas Condor.

Eu presidi a Comissão de Finanças e Orçamento, Ver. Guilherme, e vi, na época do Secretário Ricardo Collar - e antes do Secretário Ricardo Collar, na época do próprio, extraordinário, e hoje não mais conosco, Utzig -, que o Governo tinha uma posição que era, justamente, a de manter, de dizer que os valores atribuídos pela municipalidade estavam corretos, e, portanto, não abria mão disso.

Quando esse Projeto vem, Ver. Elói, há uma mudança radical. Pode, até, ser boa! O Governo, pelo que eu percebo, está aceitando o que a Justiça determinou dos valores dos imóveis, e, portanto, eu queria debater ou, talvez, pedir ao Governo que pudesse alguém da Secretaria da Fazenda, Ver. Pestana, vir aqui agora, na Casa, ou no máximo amanhã, e, numa reunião informal, responder a nós sobre a minha primeira pergunta, que será: qual é a dívida real da Máquinas Condor com a Prefeitura? E, dessa dívida que a Prefeitura achava que a empresa era devedora, por quanto se está propondo o acordo? Porque aqui se estabelece uma dação em pagamento com alguns imóveis; será uma parcela em dação em pagamento. Aí diz, também, no Processo, que vai ser feito um processo administrativo, e nós sabemos, hoje, que a Prefeitura baixou um Decreto, já faz algum tempo, e, aliás, diga-se de passagem, o Secretário da Fazenda muitas vezes declarou, aqui nesta Casa, que estava baseando-se num Projeto de Lei que eu havia dado entrada nesta Casa, chamado Refis Municipal, que permite aos devedores parcelarem as suas dívidas em até 60 vezes.

Então, eu não tenho opinião formada sobre a matéria, Sra. Presidenta, não tenho juízo de valor sobre ela, mas é preciso, neste momento de discussão de Pauta, Ver. João Dib, que, pelo menos, seja respondido sobre qual é a dívida real que tem a Máquinas Condor com a Prefeitura. Essa é a primeira pergunta. Em cima dessa dívida, dessa transação, porque se trata de uma composição, trata-se de um acordo, e, quando se trata de acordo, com certeza há concessões, eu quero saber qual é o tamanho dessa concessão. Estão fazendo um acordo por 60% do valor da dívida? Por 70%? Por 80%? Por 85%? Qual é o indicativo? Quantos meses vão ser? Vão ser 30? Vão ser 40? Isso resolve toda a pendência da Máquinas Condor? Não sei! São perguntas que o Projeto, no estágio em que se encontra, Ver. Haroldo, não responde, e, para nós votarmos, eu não tenho nenhuma dificuldade. Acho que às vezes, no final de uma legislatura, a Casa não deve parar; afinal de contas, é final de Legislatura, não é final de trabalho, mas eu gostaria, com toda a tranqüilidade, de ter recebido esse Projeto aqui cinco meses atrás! São 16 anos, e há 14 está na Justiça. Aí, quando faltam dois dias, mandam o Projeto e mandam-no sem os instrumentos informativos necessários!

Então, nós estamos aqui fazendo um apelo à Liderança do Governo para que socializem melhor essas informações e que se dê um encaminhamento para que a gente possa balizar esta discussão desta matéria aqui na nossa Câmara Legislativa. Muito obrigado, Sra. Presidenta.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Consulto se algum Vereador deseja discutir a Pauta. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, encerro a 2ª Sessão Extraordinária, que tinha como Pauta exclusiva esses dois Processos.

Convoco os Srs. Vereadores para a 3ª Sessão Extraordinária para daqui a alguns minutos.

 

(Encerra-se a Sessão às 9h51min.)

 

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